= 2023-02-24 - 📝️ Comunicando Ciencia da conservação

Palavras chave: Conservation science, Public benefit, Public value, Public engagement, People-centred approach, ICCROM FORUM

Ler:

Uma perspectiva temporal

2013

ICCROM FORUM on Conservation Science - Roma

-> Uma das primeiras menções do intere

2015

Demostrar o benefício público é crucial para persuadir os tomadores de decisão a investir não só na conservação do patrimônio cultural, mas também na ciência que informa seu cuidado. A ciência da conservação pode pesquisar a importância do patrimônio cultural e como possibilitar o acesso a ele, mas agora também precisa envolver ativamente o público em suas atividades." (Tradução[1] e grifos nossos, Lithgow, 2015, p. 3)

"A conservação do patrimônio cultural [...] fica para trás em relação a outros setores do patrimônio em demonstrar seu valor e relevância para a sociedade." (Tradução[2] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p. 4)

"Nestas ameaças estão as oportunidades para a ciência da conservação contribuir para um apetite crescente por conteúdo, experiência real e um desejo de valor que não é apenas financeiro. A ciência da conservação deve continuar a lidar com as questões físicas de deterioração e seu controle, mas também deve desenvolver maneiras de estabelecer e entregar o benefício social do patrimônio cultural e a melhor forma de comunicar essas questões e benefícios ao público." (Tradução[3] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p. 5)

"Temas que surgiram durante o Fórum ICCROM para orientar a comunicação da ciência da conservação com o público incluem:"

"1 - Construindo o futuro: a ciência da conservação conecta as pessoas no tempo e no espaço por meio da conservação do patrimônio. Conservar o patrimônio cultural é o ponto de partida para um futuro sustentável, formando o legado de nossas crianças." (Tradução[4] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p. 6)

"2 - Fazendo conexões: a ciência da conservação conecta o futuro com o passado ao garantir a sobrevivência do patrimônio cultural. Ela conecta as pessoas, ao identificar e compreender a diversidade de públicos envolvidos com o patrimônio por meio de estudos aprofundados e multidisciplinares que incluem tanto as ciências exatas quanto as sociais, como sociologia e psicologia. A ciência da conservação permite que se estabeleçam vínculos entre as pessoas e o patrimônio, revelando seu passado e projetando seus futuros, tanto em nível macro quanto micro, seja lidando com os impactos das mudanças climáticas globais ou de poeira."(Tradução[5] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p. 6)

"3 - Beneficiando as pessoas: a ciência da conservação beneficia as pessoas ao preservar seu patrimônio cultural, permitindo que os variados interesses dos públicos diversos que criam e usam o patrimônio sejam levados em consideração e garantindo esse patrimônio para as gerações futuras. Assim, a ciência da conservação permite o direito humano fundamental das pessoas de acesso ao seu patrimônio cultural." (Tradução[6] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p. 6).

"4 - É pessoal: o patrimônio cultural é criado e possuído por pessoas e cuidado por pessoas por meio da ciência da conservação. A ciência da conservação pergunta às pessoas o que elas valorizam em seu patrimônio, revela seu patrimônio e ajuda as pessoas a descobrir coisas por si mesmas." (Tradução[7] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p. 6).

"5 - Promove o cuidado: a ciência da conservação permite que as culturas cuidem da cultura por meio da restauração e conservação do patrimônio cultural, mantendo-o para o futuro." (Tradução[8] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p. 6).

"6 - É um recurso humano: a ciência da conservação preserva o patrimônio cultural para que esteja disponível como um tesouro de possibilidades para melhorar e manter nosso futuro." (Tradução[9] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p. 6).

"7 - A mensagem sobre a ciência da conservação permitindo 'culturas cuidarem da cultura' foi substancialmente mais popular do que as mensagens sobre dar acesso ao patrimônio cultural, restauração e conservação e conectar o passado com o futuro." (Tradução[10] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p. 6).

"Se nós, a comunidade de conservação, não estamos entusiasmados e apaixonados pela ciência da conservação, como podemos esperar essa resposta de qualquer outra pessoa." (Tradução[11] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p. 6).

Futuro

"Desenvolvendo habilidades dentro da comunidade de ciência da conservação. Temos alguns desempenhos e comunicadores estelares dentro da comunidade científica, mas precisamos de mais na ciência da conservação. A capacidade pode ser desenvolvida através do envolvimento com profissionais de interpretação e comunicação e participar dos programas de comunicação da comunidade científica mais ampla, mas também deve ser incorporada ao treinamento. Os envolvidos no trabalho devem ser capazes de comunicar efetivamente não apenas o que a ciência da conservação descobre e a história de como ela faz isso, mas também de envolver as pessoas com a ciência da conservação e usar essa experiência para permitir o entendimento da ciência da conservação além da troca de informações." (Tradução[12] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p. 6).

"Desenvolvendo medidas. Com base no princípio bem estabelecido de que "o que é medido é feito", para impulsionar essa mudança de foco, a ciência da conservação e os projetos em que ela está envolvida devem incluir o impacto público em suas medidas de sucesso." (Tradução[13] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p. 6-7).

"Compreendendo as necessidades de públicos diversos. A comunicação e interpretação eficazes da ciência da conservação requerem uma compreensão clara das audiências e suas necessidades, para permitir que as mensagens e seus meios sejam projetados adequadamente. As pesquisas precisam estabelecer o que as pessoas valorizam atualmente sobre o patrimônio cultural, o que elas poderiam valorizar no futuro e como essa lacuna poderia ser preenchida." (Tradução[14] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p. 6-7).

“Definir o que precisa ser comunicado. As pessoas valorizam as coisas por causa de fatos ou por causa de sentimentos? Hoje em dia parece haver acordo de que os sentimentos conduzem ao valor, mas eles precisam ser construídos com base em evidências sólidas. Já existe orientação disponível sobre a interpretação do patrimônio cultural, que está, e segue sendo desenvolvida para ajudar na comunicação da ciência da conservação.” (Tradução[15] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p. 7).

-> six interpretation principles by Freeman Tilden, commonly regarded as the founder of the interpretation of all heritage, natural or cultural (Tilden, 1957),11 and
-> sector guidance (UNESCO, 2007) as well as principles specific to particular organizations.

"Esses princípios abordam a necessidade de informações em camadas, apresentadas de maneiras diferentes para atender às necessidades do público; usar evidências para orientar o conteúdo, seja acadêmico, científico ou de tradição viva; considerar as perspectivas de todos os agentes; garantir que cada detalhe da atividade crie um todo coerente; provocar e estimular as pessoas para criar uma conexão emocional e não apenas intelectual, de modo que sejam inspiradas a cuidar e revisitar o patrimônio; e avaliar regularmente a atividade por meio de objetivos claros e mensuráveis para garantir que o conteúdo seja atualizado e, assim, continue relevante e inspirador."(Tradução[16] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p. 7).

"Nossa zona de conforto deve ser ampliada além dos meios tradicionais de mídia impressa formal, como painéis de exposição, artigos publicados e palestras. Todos os meios contemporâneos disponíveis devem ser utilizados, como mídias sociais informais e novas plataformas de comunicação, incluindo a web, smartphones e tablets, bem como TV e rádio. Imaginação, inventividade e muitos colaboradores (artistas, mediadores, pedagogos, etc.) serão necessários para adaptar a comunicação a públicos diversos. Para colocar isso em prática, será necessária uma estratégia de comunicação." (Tradução[17] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p. 7).

"A ciência da conservação também deve aprender como outros cientistas envolveram diretamente as pessoas em seu trabalho, aproveitando o poder do computador do público para processar observações astronômicas e observar a vida selvagem, coletando e analisando dados como cientistas cidadãos. A ciência da conservação está começando a fazer isso, como exemplificados pelos cientistas, arqueólogos e conservadores tiveram que aprender a acomodar detectores de metal (English Heritage, 2014). No entanto, essas atividades precisarão aumentar, por exemplo, a de trabalhos com voluntários." (Tradução[18] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p. 7).

"Ao se tornar o espetáculo, a ciência da conservação pode estabelecer conexões mais emocionais com as pessoas." (Tradução[19] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p. 7).

"Pode a ciência da conservação provocar experiências que mudam as percepções e a compreensão das pessoas usando todos os seus sentidos, bem como seus intelectos, da mesma forma que os métodos experienciais de aprendizagem estão sendo explorados" (Tradução[20] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p.8).

A ciência da conservação precisa colocar as pessoas no centro de suas atividades para possibilitar 'culturas que cuidam da cultura'. É preciso apelar para os sentimentos das pessoas, assim como para suas mentes, para que sejam inspiradas a cuidar do patrimônio. (Tradução[21] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p.8).

Ao permitir que as pessoas apreciem o patrimônio, a ciência da conservação ajuda as pessoas a cuidar dele, para que possam continuar a utilizá-lo. (Tradução[22] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p.8).

"Ao revelar os significados e valores do patrimônio cultural, a ciência da conservação nos permite entender uns aos outros e a nós mesmos." (Tradução[23] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p.8).

"Ao cuidar do patrimônio em face de ameaças de conflito, dos impactos indesejáveis do desenvolvimento ou das mudanças climáticas, a ciência da conservação ajuda-nos a cuidar de nós mesmos, promovendo o respeito e a confiança nos outros, demonstrando o valor da visão de longo prazo que permite às pessoas reconstruir e curar sua sociedade." (Tradução[24] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p.8).

"A ciência da conservação pode aprender com a experiência de outros cientistas e outras disciplinas para adquirir as habilidades e técnicas de que precisa para transformar o público de espectadores em participantes de seu trabalho, de modo que se tornem co-criadores e narradores das mensagens comunicadas pela ciência da conservação." (Tradução[25] e grifos nossos. Lithgow, 2015, p.8).

Bibliografia


  1. "Demonstrating public benefit is crucial to persuade decision-makers to invest not only in the conservation of cultural heritage but also in the science that informs its care. Conservation science can research the significance of cultural heritage and how to enable access to it, but it now also needs to engage the public actively in its activities. (Lithgow, 2015, p. 3)" ↩︎

  2. "Cultural heritage conservation arguably lags behind other heritage sectors in demonstrating its value and relevance to society. (Lithgow, 2015, p. 4)" ↩︎

  3. In these threats lie opportunities for conservation science to contribute to an increasing appetite for content, real experience and a desire for value that is not just financial. Conservation science must continue to deal with the physical issues of decay and their control, but must also develop ways of establishing and delivering the social benefit of cultural heritage, and how best to communicate these issues and benefits to the public.” (Lithgow, 2015, p. 5) ↩︎

  4. Building the future: conservation science connects people in time and place through conserving heritage. Conserving cultural heritage is the starting point for a sustainable future, forming our children’s legacy.” (Lithgow, 2015, p. 6) ↩︎

  5. Making connections: conservation science connects the future with the past by enabling the survival of cultural heritage. It connects people by identifying and understanding the diversity of publics engaged with heritage through in-depth and multi-disciplinary studies that include both hard and social sciences such as sociology and psychology. Conservation science enables links to be made between people and heritage, revealing their past and designing their futures at both the macro and the micro level, whether dealing with the impacts of global climate change or of dust.” (Lithgow, 2015, p. 6) ↩︎

  6. Benefitting people: conservation science benefits people by preserving their cultural heritage enabling the various interests of the diverse publics that create and use heritage to be taken into account and securing this heritage for children’s future. Thus conservation science enables people’s fundamental human right of access to their cultural heritage.” (Lithgow, 2015, p. 6) ↩︎

  7. It’s personal: cultural heritage is created and owned by people and looked after by people through conservation science. Conservation science asks people what they value about their heritage, reveals their heritage, and helps people discover things for themselves.” (Lithgow, 2015, p. 6) ↩︎

  8. Promotes caring: conservation science enables cultures to care for culture through the restoration and conservation of cultural heritage, sustaining it for the future.” (Lithgow, 2015, p. 6) ↩︎

  9. Is a human resource: conservation science preserves cultural heritage so that it is available as a treasure house of possibilities to enrich and sustain our future.” (Lithgow, 2015, p. 6) ↩︎

  10. the message about conservation science enabling ‘cultures to care for culture’ was substantially more popular than ones about giving access to cultural heritage, restoration and conservation, and connecting the past with the future.” (Lithgow, 2015, p. 6) ↩︎

  11. If we, the conservation community, are not enthused and passionate about conservation science, how can we expect this response from anyone else.” (Lithgow, 2015, p. 6) ↩︎

  12. Developing capability within the conservation science community. We have some star performers and communicators within the scientific community but we need more in conservation science. Capability can be developed by engaging with interpretation and communication professionals, and participating in the communication programmes of the wider science community, but should also be built into training. Those involved in the work should become able to communicate effectively not only what conservation science discovers and the story of how it does this, but also to engage people in doing conservation science, and use that experience to enable understanding of conservation science beyond the exchange of information.” (Lithgow, 2015, p. 6) ↩︎

  13. Devising measures. On the well-established principle that ‘what gets measured gets done’, to drive this shift in focus forward, conservation science and the projects in which it is involved should include public impact in their success measures.” (Lithgow, 2015, p. 6-7) ↩︎

  14. Understanding the needs of diverse publics. Effective communication and interpretation of conservation science requires a clear understanding of audiences and their needs, to enable messages and their media to be designed appropriately. Research needs to establish what people currently value about cultural heritage, what they could value in the future, and how the gap might be filled.” (Lithgow, 2015, p. 7) ↩︎

  15. Define what needs to be communicated. Do people value things because of facts or because of feelings? Today there seems to be agreement that feelings drive value but they need to be built on sound evidence. There is guidance already available on interpreting heritage which is being, and can be more, developed to aid communication of conservation science.” (Lithgow, 2015, p. 7) ↩︎

  16. These principles address the need for layered information, presented in different ways to meet the needs of the audience; using evidence to drive content, whether scholarly, scientific or living tradition; taking account of the perspectives of all stakeholders; ensuring every detail of the activity creates a coherent whole; provoking and stretching people to create an emotional and not just an intellectual connection, so that they are inspired to care for and revisit the heritage; and regularly evaluating the activity through clear and measurable objectives to ensure that the content is refreshed and thus remains relevant and inspiring.” (Lithgow, 2015, p. 7) ↩︎

  17. Our comfort zone should be stretched beyond traditional formal print media that convey information, such as display panels, published papers and lectures. Every contemporary means at our disposal should be used, such as informal social media and new communication platforms including the web, smartphones, and tablets, as well as TV and radio. Imagination, inventiveness, and many contributors (artists, mediators, pedagogues, etc.) will be needed to adapt communication to diverse publics. Putting this together will need a communications strategy.” (Lithgow, 2015, p. 7) ↩︎

  18. Conservation science should also learn from how other scientists have engaged people directly with their work, harnessing the public’s computer power to process astronomical observations and observe wild life, collecting and analyzing data as citizen scientists.12 Conservation science is beginning to doing this, as seen in how scientists, archaeologists and conservators have had to learn how to accommodate metal detectorists (English Heritage, 2014). However, such activities will need to increase, for example working with volunteers.” (Lithgow, 2015, p. 7) ↩︎

  19. By becoming the show, conservation science can make more emotional connections with people.” (Lithgow, 2015, p. 7) ↩︎

  20. Can conservation science provoke experiences which change people’s perceptions and understanding by using all of their senses as well as their intellects, in the same way that experiential methods of learning are being explored.” (Lithgow, 2015, p. 8) ↩︎

  21. Conservation science needs to put people at its heart to enable ‘cultures to care for culture’. It has to appeal to people’s hearts as well as their minds so that people are inspired to care for heritage.” (Lithgow, 2015, p. 8) ↩︎

  22. By enabling people to enjoy heritage, conservation science helps people to care for it, so that they can continue to use it.” (Lithgow, 2015, p. 8) ↩︎

  23. Through revealing the meanings and value of cultural heritage, conservation science allows us to understand each other and ourselves.” (Lithgow, 2015, p. 8) ↩︎

  24. By taking care of heritage in the face of threats from conflict, the undesirable impacts of development, or climate change, conservation science helps us to take care of ourselves, promoting respect and trust of others, whilst demonstrating the value of the long term view that enables people to rebuild and heal their society.” (Lithgow, 2015, p. 8) ↩︎

  25. Conservation science can learn from the experience of other scientists and other disciplines to acquire the skills and techniques it needs to move the public from being audiences to participants in its work, so they become co-creators and narrators of the messages communicated by conservation science.” (Lithgow, 2015, p. 8) ↩︎

Este é o jardim digital de Marta Safaneta, ou EiBarracuda, pessoa não-binária e autista, bacharel em Conservação-Restauração e estudando Divulgação Cientifica. Trabalhando atualmente no Projeto "Tem ciência no museu?", da Rede de Museus UFMG | FAPEMIG.
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